quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

"Tecnologia sim! Sedentarismo não!"


Correr, nadar, pedalar, caminhar verbos que chegam a dar calafrios na maioria das pessoas. Um simples exemplo: Ao terminar de ler esse artigo você estaria disposto a dar uma volta no quarteirão a pé? Ou parar de beber o refrigerante que está na sua mão? Trocaria ele por água ou um suco natural. Esses simples atos, quando aplicados de forma regrada podem trazer inúmeros ganhos para sua saúde.

Ao mesmo passo que os avanços tecnológicos propiciam descobertas de técnicas para tratamentos de inúmeras doenças, paralelamente contribui para a diminuição das atividades físicas e conseqüentemente ao sedentarismo.

Há 20 anos atrás, nós precisávamos ir até a televisão para ligá-la, e também para trocar de canal, ou regular o volume. Precisávamos ir até o telefone para atendê-lo, ou usá-lo. Precisávamos exercitar os braços para abrir o vidro do carro. Precisávamos ir até o banco, pagar uma conta. E, para jantar uma pizza ou comida chinesa era preciso ir até um restaurante, ou para a cozinha.

Já para as crianças, brincar significava ir para rua, correr, pular, subir em árvores, até ficar com as bochechas rosadas. Hoje só de ler esse parágrafo, muitos já perderam o fôlego. Atualmente, nossos movimentos são cada vez menores. Contraditoriamente, parece que quanto mais avanços tecnológicos, mais limitamos nossas ações.

Os movimentos exigidos no vídeo game, são o máximo, que muitos de nós conseguem fazer. Tudo que precisamos é sentar no sofá e lá ficar por horas e horas. Caso queira ligar o ventilador é só apertar o botão de um controle remoto. O mesmo acontece para outros eletrodomésticos. Se der fome, basta pegar o telefone e apertar um botão - que já está gravado nos "prediletos".

Para pagar uma conta, a mesma coisa. Basta sentar na frente do computador e pronto. Até o gasto calórico que ocorria com a mudança de temperatura, não existe mais, pois usamos o ar condicionado. Para levantar o vidro do carro, a mesma regra é aplicada, e assim por diante.

Porém, muitos esquecem que corpo e o organismo do ser humano estão estruturados para se mexer. Sem movimentos os músculos atrofiam e ao longo dos anos, tarefas simples, como abaixar para pegar um objeto no chão, cortar as unhas dos pés, ou amarrar os cadarços dos tênis tornam-se um desafio. Com articulações e músculos fora de forma, outras partes começam a reclamar.

Assim, quando comparado ao ritmo de vida de gerações passadas, a média de batimentos cardíacos por minuto, hoje, é menor que antes. E a conseqüência disso, entre outros problemas, é o elevado número de pessoas jovens com hipertensão, obesidade e cardiopatias.
No trabalho, permanecemos sentados a maior parte do tempo, dando chance para a L.E.R (lesões por esforços repetitivos) se instalar em nossos tendões e coluna vertebral. Fazer aulas de ginástica laboral é uma forma de prevenção. Mas a falta de atividade física faz com que tenhamos um gasto calórico positivo. Por ingerirmos mais calorias e gastamos uma pequena parte delas. Por isso, faz-se necessário uma reeducação de hábitos do dia-a-dia. Afinal, a tecnologia fará coisas fantásticas. Eu quero estar aqui e saudável para ver todas elas. E você?

"Se não cuidar de sua saúde hoje, em alguns anos, alguém vai precisar cuidar para você!”.